Especialista Brisa Dantas avalia que realities shows estimulam pressão psicológica do elenco

Para a especialista em Psicologia, o ambiente dentro de um reality serve estimula os conflitos internos

Os realities shows estrangeiros tiveram seus primeiros formatos nacionais, no final da década de 1990. Pelo SBT, a “Casa dos Artistas” foi o primeiro programa do estilo no país e, posteriormente, a Rede Globo apostou no Big Brother Brasil. Recentemente “A Fazenda14”, vencida pela atriz Bárbara Xavier mostrou uma série de confusões entre os integrantes do elenco selecionado, algo que despertou a atenção de especialistas que classificam três tipos de reality: de transformação, de competição e os de confinamento, e todos com elevada dose de pressão.

Segundo a psicóloga Brisa Dantas, especializada em Reprodução Mental e Inteligência Emocional, na normalidade do dia a dia, é fácil escapar de situações que gerem algum problema, e sempre existirá alguma autoridade para possíveis conflitos, como os pais, um diretor de recursos humanos ou um professor.

“O ambiente dentro de um reality serve como estimulante a conflitos.
Dentro do espaço os participantes ficam em competição constante. Tudo é muito bem pensado pela equipe de produção. Diversas dinâmicas são preparadas para impulsionar certos tipos de comportamento dos participantes”, pontua Brisa Dantas.

A bebida alcoólica se faz presente nas festas para que as pessoas se exponham. As provas de liderança e brincadeiras especiais com premiação estimulam a competitividade, e mantêm a rivalidade e a carga de estresse elevada.

“O confinamento e a pressão psicológica sob os participantes potencializam comportamentos ruins e fazem com que as pessoas demonstrem seu pior lado. A audiência do programa, inclusive, pode estar relacionada a pressão que resulta na agitação, elevando o estresse, a irritação, o medo, a angústia e a insegurança”, finaliza a especialista